Corinthians: Preto no Branco


Não quero mais te ver desistir
dezembro 10, 2009, 11:53 am
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Do blog Timão Popular

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06/12/2009, terminou o Campeonato Brasileiro.

Torneio nacional com maior participação de clubes grandes (em torcida, dinheiro, títulos, fama, participação de empresários, más administrações, falta de respeito para com sua gente, etc) do mundo, o modelo de disputa dos pontos corridos viu nesse ano o seu certame mais disputado desde 2003.

À última rodada chegaram 4 times com chances de conquistar o troféu: Flamengo (1°), Internacional (2°), palmeiras (3°), São Paulo (4°); além do Cruzeiro (5°) que ainda tinha esperanças de conquistar uma das 4 vagas na Libertadores 2010.

O Corinthians, que em 2009 já havia conquistado dois títulos e uma das vagas brasileiras na Libertadores da América 2010, não quis fazer parte deste grupo.

Por quê?

Sem ter a intenção de desmerecer os esforços e conquistas dos times que aí estão a comemorar ou a se lamentar, gotaríamos de fazer uma análise apenas de nós, entre nós, e para nós, os corinthianos de alma e mente sempre lutadoras e nunca desistentes.

Conforme disse acima, em 2009 o Corinthians conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil, esta última que lhe rendeu uma vaga na próxima Libertadores. Interessante, e infeliz ao mesmo tempo, é que tais conquistas foram os principais arrimos para um time que repentinamente não quis mais jogar bola se escorar.

Uma pena, pois nunca conheci um corinthiano que desistisse sem tentar, ou melhor, que nem pensasse em tentar por já ter desistido.

Por isso fica a dúvida: se é característica perene de todo corinthiano a ânsia, não por vitórias, mas por mais gana e raça dos que representam a Fiel em campo, será a atuação do Corinthians nesse campeonato um sinal de que o Corinthians está deixando de ser corinthiano?

No meio do ano foram efetuadas algumas alterações importantes, saíram nosso guerreiro Cristian, o bom armador Douglas, e o excelente lateral-esquerdo André Santos. Suas ausências desmontaram um esquema tático fortíssimo, criaram dificuldades consideráveis à montagem de uma nova equipe, forte e competitiva.

Mas daí a usar as saídas destes jogadores como outro motivo para a campanha que fomos obrigados a assistir existe um abismo muito longo e cheio de fatores. O “Corinthians do business”, se quiser se apresentar assim, deve ter um planejamento minimamente profissional, que seja capaz de prever fracassos e remediações à contratações que não obtiverem sucesso. Não que defendamos este modelo administrativo, pelo contrário o repudiamos em todas as suas partes. Mas que o seja pelo menos com decência profissional.

No entando, temos uma perspectiva promissora para o ano que vem: grandes contratações (em qualidade e em gasto), vários campeonatos importantes, um bom time poderá ser montado.

Também temos perspectivas infelizes por causa de algumas permanências temporariamente inevitáveis: empresários, preços exorbitantes cobrados por ingressos, materiais esportivos e mensalidades de sócio do clube, salários altos e incondizentes com a realidade econômica de nossa torcida, falta de transparência, ausência de democracia, exclusão do povo corinthiano.

Triste… mas temos o Corinthians, o nosso Corinthians!

Quando questionamos durante o texto sobre o nível de corinthianismo no Corinthians atual, não fizemos por brincadeira. Esta é uma preocupação sincera e que merece discussão.

Porém, temos um alento: o Corinthians que perde seu amor pelos corinthianos é o “Corinthians deles”, não o nosso. O problema é que o nosso Corinthians e o “Corinthians deles” vestem a mesma camisa, são ovacionados pelas mesmas pessoas.

O que fazer então?

Lutar, lutar, lutar, e gritar! Lutar por um Corinthians do povo para o povo, gritar por um Corinthians raçudo e resistente.

Gritar, gritar, gritar, e lutar! Gritar para um Corinthians que conquiste os corações com uma dividida antes de tentar qualquer resultado.

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5 Comentários so far
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Não é questão de desistir. È pior. É questão de nem tentar.

Não sei de quem partiu a ideia, mas me pareceu algo institucionalizado mesmo.

Eu não sou daqueles que consideram que o ano do centenário começa somente em janeiro. Pra mim o centenário começou em 1° de setembro e o Corinthians abdicou do primeiro campeonato logo de cara. E o campeonato mais importante do ano.

Estou muito triste por conta disso. Campeonato brasileiro pra mim tem mais valor que Copa Santander.

E essa decisão, seja lá de que jerico saiu, foi um verdadeiro tiro no pé.

A torcida ficará muito mais ansiosa com um provável fracasso inicial no campeonato paulista do ano que vem, eis que o time, pelo que se desenha, será tecnicamente pior que o do primeiro semestre deste ano. E esse nervosismo e ansiedade recairão na cabeça dos jogadores. E isso valerá pra a tal Copa Santander também.

E não haverá dinheiro pra pagar uma folha de pagamentos tão elevada porque o Corinthians teve que adiantar receitas este ano para cumprir despesas operacionais. O dinheiro da Nike já evaporou. As receitas de tv quase evaporaram. Até a receita com bilheteria do ano que vem já foi gasta. Restou pouco a ser adiantado. E mesmo assim, o clube fechará o ano no vermelho.

Comentário por Luís Carlos

qm assistiu o jogo viu que o Corinthians não entregou o jogo.

Comentário por Rodrigo

Não é sobre o jogo, caro. Sobre o jogo já falamos em outro post. Este, infelizmente, é sobre um semestre inteiro.

Abraços alvinegros.

Comentário por Larissa Beppler

Nao tenho vergonha de falar, mas chorei com o depoimento do Russo, na homenagem que recebeu do Timao pelo jogo da invasao: “Eu nao posso ver um corinthiano que eu choro!!!” disse.
PQP. Que emoçao.!

Comentário por Thiago Ferreira

No post comemorativo sobre a invasão tem uma entrevista que fiz com ele. Vê lá!

Abraços alvinegros.

Comentário por Larissa Beppler




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