Inovar é enxergar o óbvio

Inovar é enxergar o óbvio

outubro 14, 2010, 4:18 am
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Terceiro colocado na tabela de classificação, o Corinthians perdeu o jogo a menos que tinha – e poderia lhe render o título simbólico de campeão do 1º turno – para o Vasco, nesta quarta-feira, em São Januário.  2 a 0. É a sexta rodada sem vencer e a terceira derrota consecutiva do Timão, que fez apenas 2 pontos em 18 disputados, no Campeonato Brasileiro.

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Muitos ainda se perguntam: “o que aconteceu com o Corinthians?”, como se tratassem de um esquadrão que, de repente, parou de funcionar. E não é nada disso, nunca foi. Desde janeiro é público e notório que não há elenco. O prometido esquadrão do centenário, embora pago pela torcida, não virou realidade. Talvez alguns não soubessem que em determinado momento o tal elenco seria necessário, mas por falta de aviso – e de cobrança – não foi.

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E por que o time liderou durante tanto tempo? Porque o Brasileirão é nivelado por baixo, até o fraco Flamengo venceu em 2009, por se tratar apenas do menos ruim. Pois é, pontos corridos. Uma fórmula que premia o time mais regular ao longo da competição só poderia resultar nisso: um campeonato apenas regular.

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Por que o Timão decaiu? Porque são mais de 30 rodadas e é difícil, talvez impossível, jogar apenas com os 11 que, juntos, tinham alguma condição de brigar pelo título nesta competição nivelada.

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Crise? Adílson Batista? Blá blá blá do Roberto Carlos sobre problemas internos, que ele não pode revelar? Pode até ter acontecido, mas são consequências do problema e não razões do mesmo. Ou alguém acredita que Moacir, Thiago Heleno, William, Paulinho, Boquita, Defederico, Danilo, Souza, Iarley e cia jogariam à la Zidane não fossem os tais problemas internos? E por que, então, não jogaram antes?

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Crise é o que acontece quando os resultados não vêm, portanto, posterior ao problema. O que o Corinthians ganhou no primeiro semestre, antes da dita “crise”, e com o treinador supervalorizado que hoje comanda a seleção? Humm… Então não é de hoje.

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Nova é apenas a constatação, por parte de alguns, de que o ano do centenário acabou. E acabou porque o alardeado planejamento deu errado, muito errado, tão mal feito que foi. E a culpa disso está longe, muito longe de ser do Adílson Batista, recentemente demitido, que sequer montou esse elenco tão “capacitado”. Claro, sempre haverá um bode expiatório, mas isso não faz dele o culpado.

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A verdade é que, olhos fechados ou não, o Corinthians nunca teve elenco para brigar pelo título do Brasileirão. Também não tinha para brigar pelo Paulista, pela Libertadores, e reforços não vieram depois. Era até possível se iludir, dado o baixo nível dos adversários, apostando em alguns poucos talentos individuais, mas diante das  muitas contusões e consequentes desfalques o óbvio tornou-se ainda mais óbvio, embora enxerga-lo seja sempre difícil.

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De quem é a culpa? Ora, quem planejou o ano do centenário e montou o elenco?

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Ah, mas agora o Corinthians terá seu estádio, né? A conferir.

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